sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sustentabilidade, a construção do caminho

Vídeo "Ilha das Flores".

Ilha das flores (documentário) – mostra a realidade de uma sociedade consumista, cujo objetivo fundamental é a ganância. O vídeo serve para fazer uma crítica aos rumos da sociedade em que vivemos.

Mostra os problemas econômico, sociais e ambientais. O trocadilho do título está esmiuçado no relato do filme quando diz: “Há poucas flores na Ilha das flores”!

O vídeo aponta o resultado extremo de um modelo de economia que está em decadência. A questão é que esta transformação de modelo não ocorrerá na mesma velocidade em todos o sistema mundial!

Um pouco de história sobre os velhos modelos de produção e consumo. Os modelos criados entre a Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial ocupavam-se com o aumento de produtividade/lucratividade, em parte, porque a questão ambiental não era uma preocupação daquele tempo.

A Guerra Fria condicionou a dinâmica de relações mundiais entre 1945 – 1989/90, nesse período o mundo foi marcado pela corrida armamentista, juntamente com a disputa de zonas de influência entre EUA e URSS. Estas questões ocupavam o cento de interesse dessas superpotências e de seus aliados.

Com a queda do Muro de Berlim (1989) e o colapso do socialismo o resultado foi que o mundo pôde voltar-se para outras questões!

Os novos modelos de produção englobam as questões e problemas atuais, muitos deles por dificultar o avanço da integração de mercados. Ex.: peixe contaminado.

Ao pensar que os mercados consumidores estão e integrando cada vez mais, e cada vez mais rápido, é preciso considerar se o perigo de contaminação é um perigo apenas regional?

O vazamento de petróleo nos EUA, a ameaça nuclear no Japão, o acidente nuclear de Chernobyl, etc, ameaçam apenas esses países?

O avanço na integração de mercados e dos transportes não globalizam doenças como aquela que ficou conhecida como “vaca louca” ou a contaminação de brotos de feijão na Alemanha? Em que medida, no mundo de hoje, podemos considerar que o raio de contaminação de qualquer um desses produtos podem facilmente migrar de um ponto ao outro?

Novos tempos, novas esperanças!

Desde a década de 1970 houve um crescimento, ainda que lento, de consciência e comportamento que percebiam que o ritmo de degradação da natureza estava muito acentuado!

O aumento das pesquisas científicas ajudou a materializar uma percepção desses avanços. Os novos tempos nas relações internacionais pós-guerra fria favoreceram o surgimento de criticas aos padrões de produção e consumo.

A escassez de matérias-primas deu a dimensão de que era preciso cuidar da produção e do descarte. Um claro exemplo disso é o caso das baterias celulares ou das sacolas plásticas que precisam de um descarte mais cuidadoso!

Surgimento de movimentos e grupos preocupados com a sustentabilidade, entre outros podemos citar:

Greenpeace

SOS Mata Atlântica

Grupo de Defesa da Natureza (GDN)

Associação de Defesa da Natureza (ADN)

Também movimentos importantes como:

SWU (Start With You)

Hora do planeta

Passe a diante

"O objetivo de qualquer empresa com fins lucrativos é obter o maior retorno possível sobre o capital investido. Para isto, utiliza-se de todas as ferramentas disponíveis para estar à frente de seus concorrentes, obter maiores margens e fatias de mercado. Em outras palavras, a empresa deve ser competitiva. Porém, com as mudanças no ambiente global, além dos fatores econômicos e estruturais outras variáveis começam a fazer parte da responsabilidade das empresas. Os stakeholders - que segundo Figge & Schaltegger (2000) são os indivíduos ou grupos que tem interesses materiais ou imateriais na empresa - pressionam para uma atuação empresarial ecologicamente correta e socialmente justa, de forma que não basta, à empresa, que tenha êxito econômico.

Esta nova atitude empresarial é indispensável para que cada vez mais a sociedade rume em direção ao desenvolvimento sustentável, o “desenvolvimento que atende às necessidades do presente, sem comprometer as necessidades das gerações futuras” (WECD, 1987). E, para avaliar quão comprometidas estão as empresas com a sustentabilidade sob esta ótica, foram criados os indicadores de sustentabilidade corporativa..

Uma das maiores contribuições para o entendimento dos fatores que atuam sobre a competitividade de uma empresa numa determinada indústria foi o modelo de análise estrutural das forças competitivas e a cadeia de valor, propostos por Michael Porter na década de 80 (PORTER, 1989). A competição entre empresas que atuam numa indústria é constante, sendo resultado da interação de cinco variáveis: Entrantes em Potencial, Concorrentes na Indústria, Produtos Substitutos, Clientes e Fornecedores. Neste modelo, a competitividade de uma empresa será determinada pela ameaça de entrada de novas empresas na indústria e produtos substitutos, pela rivalidade existente entre os concorrentes atuantes no mercado e pelo poder de negociação que a empresa tem com seus clientes e fornecedores".

Video do discurso no final do filme "O grande ditador", de Charles Chaplin.



Link

Reposições mantidas!

Caros amigos,
as reposições estão mantidas. Deixarei um recado, na sala 205, sobre onde será nossa reposição! A de 11/07 será na sala C205.

Abraços a todos
Prof. Hernán

domingo, 3 de julho de 2011

Sustentabilidade, o discurso de todos?

"Meu amor, o que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria?

Corria para um shopping center ou para uma academia?
Pra se esquecer que não dá tempo, pro tempo que já se perdia!

Último dia. Paulinho Moska e Billy Brandão.

Alguns esclarecimentos.

“1. O que é o Protocolo de Kioto?

É um acordo assinado em 1997 por 189 nações, que se comprometeram em reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa em 5%, na comparação com os níveis de 1990. O principal alvo é o dióxido de carbono (CO2). Especialistas acreditam que a emissão desenfreada desse e de outros gases esteja ligada ao aquecimento global, fenômeno que pode ter efeitos catastróficos para a humanidade durante as próximas décadas. O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005 e prevê que suas metas sejam atingidas entre 2008 e 2012, quando ele expira. A intensidade do corte nas emissões de gases poluentes varia de país para país, e só foram obrigadas a se enquadrar na regra as nações consideradas desenvolvidas. Em tempo: o Protocolo ganhou seu nome em homenagem à cidade japonesa de Kioto, onde o acordo foi assinado.

5. Por que os EUA não assinaram o protocolo?

Os Estados Unidos, maior emissor de dióxido de carbono do mundo, se opuseram ao Protocolo de Kioto afirmando que a implantação das metas prejudicaria a economia do país. O presidente George W. Bush considerou a hipótese do aquecimento global bastante real, mas disse que preferia combatê-lo com ações voluntárias por parte das indústrias poluentes e com novas soluções tecnológicas. Outro argumento utilizados por Bush para refutar o acordo foi a falta de exigência sobre os países em desenvolvimento para a redução das emissões - leia-se, principalmente, China e Índia. Espera-se que, a partir de 2009, com um novo presidente, o país mude sua posição.”

Adaptado de http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/protocolo_kioto/index.shtml

Leia Também: http://midiaemeioambiente.blogspot.com/2006/12/oposio-dos-eua-ao-protocolo-de-kyoto.html

No entanto, apesar da nova consciência e do discurso "politicamente correto", ainda existem casos que demonstram a contradição entre a realidade e o discurso! Para notar isso é interessante confrontar o discurso institucional de uma grande empresa de mineração e a notícia sobre uma provável contaminação no entorno da empresa!

1. Propaganda da empresa. (Notem os termos e o discurso que eles usam na propaganda).

2. Notícia sobre a empresa de mineração. (Atenção ao cargo do "porta-voz" da empresa).

Como se pode notar, ainda existe um conflito entre aumento da lucratividade e as práticas realmente sustentáveis, de acordo com os preceitos que adotamos nas aulas passadas! A solução está na evolução, muitas vezes, forçosa das empresas às novas práticas! É preciso abandonar modelos antigos, cujas preocupações eram relacionadas às preocupações de 50, 70, 100 anos atrás, e passar a adotar práticas de acordo com os problemas e necessidades atuais!

Um estudo que aponta a necessidade de se renovar as práticas é o seguinte:

Texto para ler e refletir: http://btd.egc.ufsc.br/wp-content/uploads/2011/05/Nelson-Luiz-Rocha-Silveira.pdf



Por isso este assunto se apresenta como um desafio para governos contemporâneos, não somente para as empresas! O medo de muitas autoridades e nações é ficar para trás nestas práticas e com isso ter cada vez menos "voz" e presença na integração do mercado mundial.

Para ter eficácia é preciso entender este conceito como uma malha de práticas que se reforçam e por serem coordenadas tem a capacidade de mudar a realidade (conceito de externalidades em rede – Berry Eichengreen).

É preciso criar ações coordenadas para que os problemas sócio-ambientais, que durante anos eram parte integrante das políticas públicas, comecem a ser combatidos e depois solucionados.

É pensando nas externalidades em rede (malha de ações) que se pode referir a este conceito como um “irmão” da ética e da responsabilidade social. No limite, poderia se questionar se em uma sociedade antiética e pouco preocupada com os problemas sociais a sustentabilidade seria uma preocupação!

Estas preocupações podem ser encontradas em uma grande leva de trabalhos acadêmicos, como o da Professora Eliza Coral.

Modelo de planejamento estratégico para a sustentabilidade empresarial

Prof.ª Eliza Coral

"As regras de competição mundial para as corporações estão se tornando cada vez mais acirradas. A inserção de empresas nacionais, principalmente de países em desenvolvimento, no mercado globalizado exige tecnologia, excelente padrão de qualidade e produtos com alto valor agregado. Além disto, a crescente preocupação mundial com a escassez dos recursos naturais disponíveis, com as conseqüências negativas que o sistema produtivo vem causando ao meio ambiente natural e, com as enormes diferenças sociais existentes, fazem com que a sociedade pressione as empresas para que estas passem a assumir a sua responsabilidade social e ecológica no desenvolvimento sustentável do planeta. Neste ambiente altamente competitivo, é preciso planejar o desenvolvimento futuro das organizações para que possam, não apenas sobreviver, mas ser capazes de crescer, preparando-as para enfrentar os novos desafios que se apresentam. Porém, os modelos de planejamento estratégico existentes enfatizam principalmente as questões econômicas, relegando a segundo plano as questões ecológicas e sociais, que devido ao cenário apresentado, precisam ser incorporadas na gestão estratégica das organizações. O presente trabalho apresenta um modelo de planejamento estratégico para a sustentabilidade das organizações empresariais enfocando os seus desenvolvimentos econômico, ambiental e social, para isto evidencia as carências dos modelos tradicionais frente às questões ambientais e sociais, identifica a complementaridade entre os modelos de planejamento estratégico e estratégia ambiental, apresenta uma metodologia de diagnóstico estratégico relaciona a variável ambiental e à variável social com as estratégias de negócio e indicadores de desempenho, apresenta um método para determinar o grau de sustentabilidade das organizações e uma análise de convergência estratégica o modelo desenvolvido tem por objetivo contribuir para o alcance do desenvolvimento sustentável das organizações empresariais tendo sido validado, através de um estudo de caso em duas empresas do setor de couros."

Como se pode facilmente notar, é por isso que geralmente as temáticas estão agrupadas, o aumento da consciência e da cidadania encaminha uma sociedade mais ética (no sentido de ser cada vez mais consciente dos impactos de seus procedimentos e existência) e mais responsável socialmente, uma vez que a desorganização social comprovadamente implica no surgimento de problemas que repercutem em toda a organização social.

Bons exemplos de preocupação com a sustentabilidade!
1. Empresa de design conquista mercado com estratégias sustentáveis e idéias inovadoras. (Programa Mundo S/A de 11/04/2011).

2.
Economia verde se multiplica e traz novos ares à economia americana. (Programa Mundo S/A de 25/10/2010).


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sustentabilidade e os conceitos irmãos

Sustentabilidade – engloba as idéias de equilíbrio e renovação (reprodução) constantes. Portanto, refere-se não somente a atitudes isoladas, mas a tendências gerais adotadas pelo aumento de consciência.

Características geralmente associadas às práticas e ações sustentáveis:

-Ecologicamente corretas

-Economicamente viáveis

-Socialmente justas

-Respeitando a diversidade cultural

Contra-exemplo de ações ecológicas, mas não viáveis!



Estas práticas pode ser desenvolvidas: empresas, grupos organizados (ONGs) ou indivíduos (moradores de ecovilas). Mas tendem a ser adotadas como políticas públicas, por exemplo, coleta seletiva de lixo!


*Exemplo da práticas ligadas à sustentabilidade - os conhecidos 3 R’s:

Reduzir (a produção de resíduos – impacto ambiental)

Reutilizar (incentivo à nova destinação no uso de todos os produtos que utilizamos – com atenção à saúde)

Reciclagem (reprocessar as latas de bebidas, reaproveitar as embalagens, etc)


*O ciclo que se busca evitar (e que conflita com o rumo que a economia mundial tomou nos últimos 50 anos – especialmente depois da segunda guerra mundial)

Produção em larga escala de produtos com “vida útil” menor, para manter o ritmo industrial e não estar associado a produtos ultrapassados.

Consumo em larga escala, facilitado pelo estabelecimento de padrões consumistas, de produtos descartáveis e pela ampliação desordenada do crédito.

Despejo inconsciente de restos/resíduos sem o devido cuidado “in natura” em locais “apropriados” afastados (lixões).

*Ciclo que se busca incentivar!

Produção voltada às necessidades sociais.

Consumo consciente – apenas do que é necessário, sem se deixar levar pelo apelo consumista – e de PRODUTOS COMPROMETIDOS COM A CAUSA SUSTENTÁVEL e boicote aos outros!

Reutilização consciente de todos os produtos.

Tratamento dos resíduos para minimizar o impacto na natureza!

Duas frases interessantes para pensarmos:

“Olho por olho e o mundo acaba cego!” (John Lennon)

“Pense globalmente, aja localmente e responda pessoalmente” (Ambientalista francês René Dubos - ?)

**Velhas histórias, novos medos!

Os gregos criaram várias histórias que explicavam bem a questão do desequilíbrio, referiremo-nos a duas:

1. Midas.

2. Deus Pan.

Trailer do filme UMA VERDADE INCONVENIENTE.



*Sustentabilidade como um discurso “politicamente correto”?

O apelo público que a aceleração da destruição do planeta nos últimos anos, com a deterioração da qualidade de vida que ela tem causado, força os governos, empresas, indivíduos em cargos de chefia a assumir uma posição frente ao problema.

No caso dos governos, os encontros realizados por organismos multinacionais (Ex.: ONU, Fórum Social Mundial, etc) acabam pressionando-os para o estabelecimento de políticas públicas voltadas para a imposição de regras e objetivos claros em práticas lesivas ao meio ambiente, pode-se citar como exemplo a Eco-92, Protocolo de Kyoto, etc, que conseguiram a diminuição no uso de CFC (hoje muito menos usado por afetar a camada de ozônio). Justamente, pela rapidez e força desta mensagem de fundo ambientalista, muitos “líderes” assumiram o discurso, mas não se esforçam em colocá-lo em prática!


Como prometido: Vídeo sobre o governador provando semente de mamona!

terça-feira, 28 de junho de 2011

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Retificação de comunicado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Caros Alunos,
podem me fazer um favor?
Por uma falha de comunicação houve um mal entendido sobre onde será realizada a próxima aula de pós. Ajudem-me a divulgar a informação correta, por favor, repassando a todos os colegas de classe com quem tiver algum contato!
A aula de quinta-feira (30/06) será no mesmo lugar de sempre, Henri Dunant, 203 - onde tivemos aula nesta terça-feira!!
Somente as aulas do mês de JULHO é que serão dada na unidade que fica na rua Cancioneiro, sala 205, no segundo andar, serão dadas até 31/7 lá!

Agradeço sua ajuda!
Prof. Hernán

maiores informações: hernanlsaez@gmail.com

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A sociedade e a responsabilidade social das empresas - relações

Como já foi visto, as empresas adaptam sua linguagem às circunstâncais pelas quais a sociedade passa. O melhor exemplo disso está nas campanhas realizadas pelas próprias empresas, campanhas que utilizaremos como base para nossa análise.

No entanto é preciso entender algumas criticas feitas à RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS EMPRESAS que envolve alguns conceitos econômicos. Pode-se encontrar a seguinte frase quando se trata do tema da interação entre responsabilidade social e a configuração social:
"Milton Friedman e outros têm argumentado que objetivo da empresa é maximizar o retorno aos seus acionistas, e que já que só as pessoas podem ter responsabilidade social, as empresas são responsáveis apenas perante os seus acionistas e não para a sociedade como um todo. Apesar de aceitar que as empresas devem obedecer às leis dos países em que atuam, eles afirmam que as empresas não têm outra obrigação para a sociedade. Algumas pessoas percebem que a RSE é incongruente com a própria natureza e finalidade do negócio, é de fato um obstáculo ao comércio livre. Há aqueles que afirmam que a RSE é incompatível com o capitalismo, mas em favor do neoliberalismo argumentam que as melhorias na saúde, longevidade e / ou de mortalidade infantil foram criadas pelo crescimento econômico atribuído à livre iniciativa".
Adatpado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Responsabilidade_social#Vis.C3.B5es_de_Responsabilidade_Social

Para entender um pouco melhor este argumento tratemos do esquema a seguir:

Neoliberalismo: Livre circulação de mercadorias em um mundo 'globalizado' - comércio.

É uma prática interna ao capitalismo - sistema econômico, no qual, premominam relações assalariadas de trabalho.
-Esta relação assalariada é variável de acordo com: instrução, oferta, eficácia, organização dos setores trabalhistas, etc.
--Por sua vez, esta situação gera como resultado uma diferença: alguns ganham mais, outros menos e outros não ganham.

No caso brasileiro é preciso levar em conta as desigualdades sociais (muitas delas históricas).
-Grande concentração de renda.
--Esta situação repetida por anos e anos seguidos gerou uma situação típica de países em desenvolvimento: as classes mais pobres tem dificuldade de acesso aos mecanismos de elevação social. (Alguns desses mecanismo são: educação, saúde, saneamento básico, etc).
--É sobre esta situação que as organizações praticam ações de responsabilidade social (áreas de atuação).

*Cidadania é a idéia fundamental.
-Só é um cidadão pleno aquele que goza dos benefícios da sociedade, envolve-se com a solução dos problemas e participa da vida política (Pólis) de sua comunidade.
--Ações promovidas pelas empresas socialmente responsáveis estão ligadas de alguma maneira à promoção da cidadania. Ex.: Ação Global (Rede Globo).
--Estas empresas respondem melhor às transformações sociais do que as empresas antiquadas porque fazem desta prática um valor positivo e passam a defender estas ações. (Mecanismo de reprodução)
-Vantagens desse relacionamento: ganham respeito público; valorizam sua marca/produto/atividade; as empresas aumentam seu apelo junto ao público; captam mais investidores;
segundo uma pesquisa de 2001 cerca de 30% do valor de mercado de uma empresa estava ligada à sua reputação no mercado.

*Na realidade, se pensarmos em termos da instituição dessa prática como reflexo das necessidades sociais e da propagação desse discurso temos a formulação da seguinte relação:
Empresas socialmente responsáveis x empresas socialmente irresponsáveis.

Links para os vídeos (propagandas):
1. http://www.youtube.com/watch?v=h-dK0-hZk7E&feature=related
2. http://www.youtube.com/watch?v=2Kl0y0goQ0k
3. http://www.youtube.com/watch?v=lwJGwEtaOSQ&playnext=1&list=PL1B6B1272846A9580
4. http://www.youtube.com/watch?v=ARRk4tMuagU
5. http://www.youtube.com/watch?v=SaCUC2f0IAE

Outras propagandas que felizmente foram colocadas todas num mesmo link são:
http://www.youtube.com/watch?v=-Gj_yR9V8ZI

Bons estudos!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Responsabilidade Social

Caros alunos, é com imenso prazer que lanço aqui os temas e assuntos debatidos em sala para que vocês os acompanhem.

Atenciosamente
Prof. Hernan


Ética, Responsabilidade Social e Sustentabilidade.

A responsabilidade social no Brasil e no mundo – um panorama geral (séculos XIX a XXI)

Responsabilidade Social - reflexão

A idéia de “responsabilidade social” está ligada a valores positivos difundidos em cada uma das sociedades, é uma contrapartida à possibilidade de ascensão social.
Suas raízes estão relacionadas ao procedimento cristãos de auxílio ao próximo, portanto, guarda relação com a ethos religiosa.
Com o avanço da economia capitalista e do protestantismo temos uma releitura desses conceitos que deixam de ser prioritariamente religiosos e sócio-culturais.
No ocidente o avanço das reivindicações sociais em fins do séc. XIX e começo do XX criam um ambiente propício para uma aceleração das práticas de responsabilidade social.

Apanhado histórico dos séculos XIX e XX em relação à responsabilidade social

A idéia de contrapartida fica clara em estudos de caso no fim do século XIX, no ocidente.
Tanto protestantes quanto católicos (ocidentais) ao enriquecer tinham a prática associar-se a entidades de auxílio mútuo.
No caso do protestantes é comum após enriquecerem criarem fundações. Hábito que atualmente se difundiu no ocidente.
Os católicos criavam e se associavam a Sociedades Beneméritas (fim do XIX mais de 25 só no Rio de Janeiro).Ex.: Sociedade Portuguesa de Beneficência.

No caso brasileiro isso fica mais claro com os estrangeiros!
Neste contexto que a relevância das sociedades filantrópicas era tremenda por apresentar-se como um meio acessível para respaldar a ascensão social dos estrangeiros. Como já foi dito por Ana Maria Pessoa dos Santos: “Para obtenção de título [comendador] era essencial a participação, com donativos ou integração na direção, em sociedades filantrópicas e associações beneficentes, em especial as que atendiam os patrícios, e que somaram 23 entidades portuguesas no século XIX. Dentre elas, destaca-se o Real Gabinete Português de Leitura, fundado em 1837 por 43 emigrantes, comerciantes em sua maioria. Três anos depois, em 1840, é criada a Sociedade Portuguesa de Beneficência, que constrói, em 1858, na rua de Santo Amaro, o Hospital São João de Deus, cuja presidência seria ocupada por portugueses que se destacaram no comércio e nas finanças, como o visconde da Estrela, Joaquim Manuel Monteiro; o conde de São Mamede, Rodrigo Pereira Felício, e o conde São Salvador de Matosinho”. (grifos meus)

Alguns slogans de bancos que trazem a idéia de auxílio mútuo
Santander: “Vamos fazer juntos?”.
Banco do Brasil: “O banco que é todo seu”.
Caixa: “O banco que acredita nas pessoas”, “Missão: atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado Brasileiro”.
Itaú: “O banco feito para você”.
P.S.: Em todos os sites encontram-se links para as áreas de Responsabilidade Sócio-Ambiental, Social ou similares.

Caso 1: Antônio José Alves Souto - 1864
A Casa Bancária Souto apareceu, a partir de 1865, no Almanck Laemmert com a menção à sua liquidação grafada ao lado do seu nome, registro que perdurou durante toda a década de 1860. Nesse mesmo ano informou-se no Relatório do Ministério da Fazenda, no item Caixa Econômica e Monte de Socorro que, “foi exonerado do cargo de membro do Conselho Inspetor e Fiscal o Visconde de Souto”. Consultando-se a parte referente à Sociedade Portuguesa de Beneficência, no almanaque, ela informava que ele manteve o cargo de presidente em 1865, mas deixou de figurar em qualquer um dos cargos que aparecera anteriormente a partir de 1866.
Assim, da mesma forma que o aumento de transações comerciais havia lhe proporcionado a expansão da rede apoio e o aumento de contatos nas atividades que desempenhara durante sua ascensão, os registros indicam que, em seu momento de revés o Visconde do Souto também perdeu parte dos seus espaços de atuação e, provavelmente, também foi alijado de parte do suporte de que antes gozava. Sua quebra ocorreu de forma abrupta na manhã do dia 10 de setembro de 1864.

Caso 2 - Edmar Cid Ferreira

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou nesta quinta-feira (20) o despejo do ex-dono do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira. Mesmo depois de quebrar e deixar um rombo de R$ 2,5 bilhões na praça e três mil credores a ver navios, Edemar morava com a mulher em uma mansão de cinco andares, construída ao custo de R$ 142 milhões.
Por volta das 21h30 desta quinta, oficiais de justiça saíram da mansão, localizada no bairro do Morumbi, um dos mais nobres da capital paulista. Eles contaram que Edemar desocupou o imóvel por volta das 14h. Apenas os advogados acompanhavam o banqueiro. Foram relacionadas aproximadamente 1.500 obras de arte, inclusive uma escultura, avaliada em R$ 100mil, que fica em frente à casa. Todas elas serão confiscadas pelos credores.


Extraído de notícia do portal g1: http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2011/01/justica-despeja-ex-banqueiro-edemar-cid-ferreira-de-mansao-em-sp.html.

domingo, 5 de abril de 2009

1 Liceo - Documentos para análise em sala de aula

Documento sobre Governo Geral e Câmaras Municipais
(Conforme disse em sala é preciso cuidado ao ler, na realidade o autor estava falando em linhas gerais).

"Compreende-se, aliás, tal atitude passiva da metrópole. Coincidiam perfeitamente seus interesses nestes primeiros anos da colonização com os das classes dominantes na colônia. Eram elas que desbravavam o território – ou faziam-no desbravar – conquistando-o palmo a palmo aos indígenas e aventureiros de outras nações que aqui se instalavam; eram elas que o valorizavam e exploravam em busca de pedras e metais preciosos, que tanto fascinavam a Coroa. E faziam tudo isto por conta e risco próprios, não concorrendo a metrópole senão nos possíveis proventos, que sob forma dos dízimos e dos quintos reais reservava para si.

Tais circunstâncias condicionavam a estrutura política da colônia. São elas que explicam a importância das câmaras municipais, que constituem a verdadeira e quase única administração da colônia. Já nos referimos à nenhuma importância das pequenas vilas e cidades de então. A administração municipal não se organiza, pois, numa base urbana, contrariamente ao que se observa na Europa com suas cidades libertas do jugo feudal. Como as vilas, onde se constitui, nasce apenas do influxo rural. Dominam, portanto nela os proprietários rurais. Nas eleições para os cargos da administração municipal votam apenas os homens bons, a nobreza, como se chamavam os proprietários. Tal privilégio é por eles ciosamente defendido, com exclusão de toda a população propriamente urbana: mercadores, mecânicos, outros artífices, os industriais de então. O poder das câmaras é pois o dos proprietários. E seu raio de ação é grande, muito maior que o estabelecido nas leis. Vemos as câmaras fixarem salários e o preço das mercadorias; regularem o curso e valor das moedas; proporem e recusarem tributos reais, organizarem expedições contra o gentio, e com ele celebrarem pazes; tratarem da ereção de arraiais e povoações; proverem sobre o comércio, a indústria e a administração pública em geral; chegam a suspender governadores e capitães, nomeando-lhes substitutos, e prender e pôr a ferro funcionários e delegados régios. Algumas câmaras mantinham até representantes efetivos em Lisboa, tratando assim diretamente com o governo metropolitano, por cima da autoridade dos seus delegados no Brasil. Por isso não admira que a Câmara de São Luís do Maranhão, apenas instalada, se dirija ao rei pedindo altivamente que “os capitães-mores, dali em diante, não dessem mais terras, e não se metessem em coisa alguma da competência exclusiva da autoridade municipal”. Dentro das normas da administração colonial neste primeiro século e meio do descobrimento, nada deveria sobrepor-se ao poder incontrolável das câmaras..."

Prado Jr., Caio. Evolução política do Brasil. Colônia e Império. São Paulo: Editora Brasiliense, 1999. pp. 30 e 31.

Texto 1

Duarte Coelho – Foral (24 de setembro de 1534)

Dom João, etc. A quantos esta minha carta virem faço saber que eu fiz ora doação e mercê a Duarte Coelho fidalgo de minha casa para ele e todos seus filhos e netos herdeiros e sucessores de juro e herdade para sempre da capitania e governança de 60 léguas de terra na minha costa do Brasil as quais se começam no rio de São Francisco que ilha do Cabo de Santo Agostinho para o sul e acabam no rio de Santa Cruz que é do dito cabo para linha segundo mais inteiramente é conteúdo declarado na carta de doação que da dita terra lhe tenho passada e por ser muito necessário haver foral dos direitos e tributos e cousas, que se na dita terra hão de pagar assim do que a mim e à Coroa de meus reinos pertencerem como do que pertencerem ao dito capitão por bem da dita sua doação eu havendo respeito à qualidade da dita terra e a se ora novamente ir morar povoar e aproveitar e porque se nisto melhor e mais cedo faço sentindo assim por serviço de Deus e meu bem do dito capitão e moradores da dita terra e por folgar de lhes fazer mercê se houver por bem mandar ordenar e fazer o dito foral na forma e maneira seguinte.

Item primeiramente o capitão da dita capitania e seus sucessores darem e repartirem todas as terras dela de sesmaria a quaisquer pessoas de qualquer qualidade e condição que sejam contanto que sejam cristãos livremente sem foro nem direito algum somente a dízimo que serão obrigados de pagar a ordem de mestrado do Nosso Senhor Jesus Cristo de tudo o que nas ditas terras houverem as quais sesmarias darão na forma e maneira que se contêm em minhas ordenações que não poderão tomar terra alguma de sesmaria para si nem para sua mulher nem para o filho se os tiver que não forem herdeiros da dita capitania e assim a seus parentes como se em sua doação contém e se algum dos filhos que não forem herdeiros da dita capitania ou qualquer outra pessoa tiver alguma sesmaria per qual maneira que a tenha e vier a herdar a dita capitania será obrigado do dia que nela suceder a um ano como primeiro seguinte de alargar e trespassar a dita sesmaria em outras pessoa e não trespassando no dito tempo perderá para mim a tal sesmaria em mais outro tanto preço como ele valer e por esta mando ao meu feitor ou almoxarife que na dita capitania por mim estiver que, em tal caso lance logo mão pela dita terra para mim e faça assentar no livro dos meus próprios e faça sua execução pela valia dela e não o fazendo assim por bem que perca seu ofício e me pague de sua fazenda outro tanto quanto montar sua valia da dita terra.

Item havendo nas terras da dita capitania costa, mares, rios e baías dela qualquer sorte de pedrarias, pérolas, aljôfar, ouro, prata, coral, cobre, estanho e chumbo ou outra qualquer sorte de metal pagar-se-á a mim o quinto do qual quinto haverá o capitão sua dízima como se contém na sua doação e ser-lhe-á entregue a parte que lhe na dita dízima montar ao tempo que se o dito quinto para mim arrecadar por meus oficiais.

Item o pau Brasil da dita capitania e assim qualquer especiaria ou drogaria de qualquer qualidade que seja que nela houver pertencerá a mim e será tudo sempre meu e de meus sucessores sem o dito capitão nem outra pessoa poder tratar nas ditas cousas nem em alguma dela lá na terra, nem as poderão vender, nem tirar para meus reinos ou senhorios, nem para fora deles sob pena de quem o contrário fizer perder por isso toda sua fazenda para a coroa do reino e ser degradado para a ilha de São Tomé para sempre. E porém quanto ao Brasil hei por bem que o dito capitão e assim os moradores da dita capitania se possam aproveitar dele é na terra no que lhes for necessário, não sendo em o queimar porque queimando o incorreram nas sobreditas penas.

Item de todo o pescado que se na dita capitania pescar não sendo a cana se pagará se pagará dízima a ordem que é de dez peixes, um e além da dita dízima hei por bem que se pague mais meia dízima que é de vinte peixe, um a qual meia dízima o capitão da dita capitania haverá e arrecadará para si por quanto lhe tenha dela feito merece como se contém em sua doação.
Item quando o dito capitão e moradores e povoadores da dita capitania trazer ou mandar trazer por si ou por outrem a meus reinos ou senhorios qualquer sorte de mercadorias que na dita terra e partes dela houver tirando escravos e as outras mais cousas que acima são defesas, podê-lo-ão fazer e serem recolhidos e agasalhados em quaisquer partes, cidades, vilas ou lugares dos ditos meus reinos ou senhorios em que vierem aportar e não serão constrangidos a descarregar suas mercadorias, nem a vender em algum dos ditos portos, cidades ou vilas contra suas vontades para outras partes antes quiserem ir fazer seus proveitos e quando as vender nos ditos lugares de meus reinos ou senhorios não pagarão deles direito algum (...)”


Texto 2

Um regimento de feitor-mor de engenho de 23 de junho de 1663.

Regimento que há de guardar o feitor-mor de engenho para fazer bem sua obrigação e desencarregar bem sua consciência e, pelo contrário, dará conta a Deus e ficará obrigado a restrição ao dono da fazenda.

Confessar os negros. Será obrigado todos os anos a mandar confessar toda a gente que estiver a seu cargo e todos os domingos e dias santos mandá-los e fazer-lhes ouvir Missa, e as crianças que nascerem mandá-las batizar a seu tempo; e necessitando algum escravo doente de confessor mandá-lo chamar e todos os sábados e de noite lhes manda ensinar as orações.

Negros que adoecerem. Assim que os negros adoecerem, tratará logo da cura para o corpo e utilizará tudo o que houver na fazenda. Se a doença for perigosa remeterá quem não lhe faltar na fazenda buscar o que for necessário. Caso a doença seja muito perigosa remeterá a pessoa para cuidados ao responsável pelos meus negócios no Recife, mas só se não puder se curar aqui.

Agasalhar os negros. Terá a obrigação de ir todas as manhãs pela casa dos negros (senzala) para ver os que estiverem doentes e o que faltar procurá-lo logo. Fazer com que varram o local e organizar seus jiraus e esteiras de agasalho para dormirem e fazer-lhes plantar os dias santos as suas roças e quando o engenho estiver cheio, e a moenda parada, lhes dará de mais a mais os sábados para plantarem. Isto se entende, no inverno.

Castigar os negros. O castigo que se fizer ao escravo não há de ser com pau, nem atirar-lhes com pedras, nem tijolos, e quando o mandar botar obre um carro dar-se-lhe-á com um açoite de castigo; e depois de bem açoitado, o mandará picar com navalha ou faca que corte bem e dar-se-lhe-á com sal, o sumo de limão e urina e o meterá alguns dias na corrente. E sendo fêmea, será açoitada à guisa da baiona dentro de uma casa com mesmo açoite.

(...)

Não dispor de nada sem a ordem do governador. Não dará nada da fazenda sem ordem minha, estando eu doente prestará contas à pessoa responsável pelos meus negócios no Recife e dirá todas as coisas que sucedem na fazenda e me dará parte a mim ou a esta pessoa para que ela me informe.

Justificar a morte dos negros e dos bois. Todo escravo que morrer deverá ter sua morte justificada e do que morreu. O mesmo se fará com os bois, para que haja clareza, e as crianças que nascerem se dará assento delas.

Cuidado com os cobres. É a coisa de maior importância no engenho, os cobres, com os quais há de se ter o maior cuidado para que não se queimem, e o mesmo cuidado se deve ter coma ferramenta para que não se perca ou não se furtem.

Fazer rol a cada noite. E para melhor fazer a sua obrigação, o feitor-mor deve todas as noites fazer rol de tudo o que se há de fazer no outro dia par que possa fazer tudo bem feito e com maior facilidade. Há de ser cristão temente a Deus, zeloso da fazenda que lhe entregaram e ser bem querido por todos os seus vizinhos, ser cortês, acudindo à necessidade no que puder, e com os homens que estiverem sob sua jurisdição ser afável, cobrando por tudo com boas razões enquanto puder ser assim, respeitar-se e não se deixar levar pelos súditos a quem comanda e debaixo de tudo não há recompensa a quem não fez.

E fazendo o feitor-mor o referido não tão somente fica desencarregado com a sua consciência, mas ainda ganha crédito com todos e me obrigará, para que, além de seu pagamento, o ajude a tirar mais lucro, e assim permita Deus que o faça.

Advertindo que fora disto nenhuma desculpa hei de admitir, porque fica dito que no que houver dúvida avise. Nem quero eu mais do que está escrito, ainda que seja melhor, porque seguir as ordens do dono da fazenda é o mais acertado.

E o dito feitor-mor poderá para remediar as necessidades dos doentes vender o mel, e as miudezas da casa de purgar, como também poderá vender louça da olaria e o mais que nela se fizer, para com isso acudir as necessidades que se oferecem na fazenda (...).

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Texto de Geografia para o trabalho




“A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativas par formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para o plantio de sementes, algodão e soja, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão-de-obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados “gatos”. Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.
Esses gatos recrutam pessoas em regiões distantes do local da prestação de serviços ou em pensões localizadas nas cidades próximas. Na primeira abordagem, mostram-se agradáveis, portadores de boas oportunidades de trabalho. Oferecem serviço em fazendas, com garantia de salário, de alojamento e comida. Para seduzir o trabalhador, oferecem “adiantamentos” para a família e garantia de transporte gratuito até o local do trabalho.
O transporte é realizado por ônibus em péssimas condições de conservação ou por caminhões improvisados sem qualquer segurança. Ao chegarem ao local do serviço, são surpreendidos com situações completamente diferentes das prometidas. Para começar, o gato lhes informa que já estão devendo. O adiantamento, o transporte e as despesas com alimentação na viagem já foram anotados em um “caderno” de dívidas que ficará de posse do gato. Além disso, o trabalhador percebe que o custo de todos os instrumentos que precisar para o trabalho – foices, facões, motosserras, entre outros – também será anotado no caderno de dívidas, bem como as botas, luvas, chapéus e roupas. Finalmente, despesas com os improvisados alojamentos e com a precária alimentação serão anotados, tudo a preço muito acima dos praticados no comércio.
Convém lembrar que as fazendas estão distantes dos locais de comércio mais próximos, sendo impossível ao trabalhador não se submeter totalmente a esse sistema de “barracão”, imposto pelo gato a mando do fazendeiro ou diretamente pelo fazendeiro.
Se o trabalhador pensar em ir embora, será impedido sob a alegação de que está endividado e de que não poderá sair enquanto não pagar o que deve. Muitas vezes, aqueles que reclamam das condições ou tentam fugir são vítimas de surras. No limite, perdem a vida.

O tamanho do problema

As primeiras denúncias de formas contemporâneas de escravidão no Brasil foram feitas em 1971 por dom Pedro Casaldáliga, bispo católico e grande defensor dos direitos humanos na Amazônia. Sete anos depois, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) denunciou fazendas, ligadas a multinacionais, no sul do Pará que cometiam esse crime. O depoimento dos peões que conseguiram fugir a pé da propriedade deu visibilidade internacional ao problema. Desde 1985, denúncias de escravidão passaram a ser encaminhadas à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em 1995, o governo federal brasileiro – por intermédio de um pronunciamento do então presidente Fernando Henrique Cardoso – assumiu a existência do trabalho escravo perante o país e a OIT. Com isso, tornou-se uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a escravidão contemporânea. Em 27 de junho daquele ano, foi editado o decreto número 1538, criando estruturas governamentais para o combate a esse crime, com destaque para o Grupo Executivo de Repressão ao Trabalho Forçado (Gertraf) e ao Grupo Móvel de Fiscalização, coordenado pelo Ministério do Trabalho e emprego. Em março de 2003, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo e instituiu, em agosto do mesmo ano, a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Contrae)”.

Extraído de: http://www.oitbrasil.org.br/download/sakamoto_final.pdf (pp. 20 a 23)

Alguns vídeos sobre o trabalho escravo ou trabalho compulsório:
http://www.youtube.com/watch?v=tsxa7_ni7QU
http://www.youtube.com/watch?v=ZvkXYbSiPKg&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Bm8VUWqm-B8&feature=related

Sobre a exploração da mão-de-obra boliviana em São Paulo:
http://www.social.org.br/relatorio2005/relatorio017.htm
http://www.youtube.com/watch?v=6PJtLvl0w0Q

Questões para reflexão:
1. Em que medida a “nova escravidão” está relacionada com a expansão de atividades na região Norte?
2. Nota-se uma relação entre essa prática e algumas práticas aplicadas na vinda dos imigrantes no final do século XIX? Explique sua resposta.
3. Qual o papel das autoridades na questão do “nova escravidão”? Lembre-se que no meio rural os “coronéis” ainda mantém muito de sua força.
4. Este é um problema apenas brasileiro? Lembre-se que segundo muitas denúncias as fazendas estão associadas a multinacionais.
5. Qual a importância do reconhecimento da prática de trabalho escravo por parte do governo brasileiro?




Maio





Trabalho de Geografia (textos nos sites abaixo)

Compra de carne de frango pela China
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL1159685-9356,00-EMBARQUE+DE+CARNE+DE+FRANGO+PARA+A+CHINA+COMECA+EM+DIAS+DIZ+STEPHANES.html

Fusão da Perdigão e da Sadia
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1159360-5602,00-SADIA+E+PERDIGAO+ANUNCIAM+FUSAO+EM+MAIOR+EXPORTADORA+MUNDIAL+DE+FRANGO.html

Crescimento da produção agrícola
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/10/16/materia.2007-10-16.1777156510/view

Texto conectando várias dinâmicas e tratando dos problemas das cidades e da ameaça da soja:
http://www.ecolnews.com.br/asfixia_das_cidades.htm

Desmatamento e a questão da produção pecuária:
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/09/10/materia.2008-09-10.3374197285/view

Lista com as principais produções agropecuárias (IBGE) Para ver os gráficos é só clicar em cima do produto (dar preferência a produção em toneladas):
http://www.ibge.gov.br/series_estatisticas/subtema.php?idsubtema=100

Ver: soja, cana-de-açúcar, café contrapondo-os com Feijão, Milho e Mandioca. E verificar a dinâmica da produção de carne bovina, suína e de frango.


Considerações:
1. Quais os desafios que o crescimento da produção de soja impõe ao governo brasileiro?
2. A fusão de duas das grandes empresas do ramo de alimentação coloca em pauta um grande problema típico de uma sociedade subdesenvolvida. O problema alimentar no Brasil não está na falta de capacidade produtiva, mas sim em um problema estrutural. Como você explica essa contradição – abundância x fome - ?
3. Segundo as tendências de crescimento da produção agrícola, quais os problemas que o Brasil pode enfrentar?
4. Analisando os gráficos das principais produções agrícolas nota-se alguns crescimentos discrepantes. Utilize esses gráficos para relacioná-los com o texto do Senador Cristóvão Buarque.
5. A produção agropecuária representa um perigo para a manutenção das florestas brasileiras? Há um interesse real no combate ao desmatamento?





Trabalho de História

“De fato, organizando-se nos quadros do sistema colonial, as economias periféricas desenvolviam a sua produção numa linha tendente a complementar a economia central, fornecendo aqueles produtos de que ele carecia e promovendo matérias primas para sua produção industrial manu e depois maquinofatureira;configuram-se assim em autênticas economias complementares, tendentes a dar às metrópoles condições de autonomização econômica frente às demais potências mercantilistas. E note-se a importância deste mecanismo, numa época em que as práticas da política mercantilista se generalizavam entre os vários estados europeus. Os mercados coloniais eram exatamente aqueles onde, por definição, as normas do mercantilismo se podiam exercitar: daí, as disputas verdadeiramente furiosas pela conquista desses mercados excepcionais.
Nesta linha desenvolveu-se a política colonial das metrópoles no sentido de impedir a produção manufatureira nas colônias. Visava-se, assim, a preservar o mercado colonial para as manufaturas da mãe-pátria. Aliás, dada a estrutura social e econômica que se organizava nas colônias típicas, sito é, naquelas perfeitamente integradas no sistema, as possibilidades de um desenvolvimento manufatureiro eram substancialmente reduzidas (...).
Se recordarmos, agora, o que indicamos antes a propósito do capitalismo comercial como fase intermediária entre a desintegração do feudalismo e a Revolução Industrial, o sistema colonial mercantilista apresenta-se-nos atuando sobre os dois pré-requisitos básicos da passagem para o capitalismo industrial: efetivamente, a exploração colonial ultramarina promove, por um lado, a primitiva acumulação capitalista por parte da camada empresarial; por outro lado, amplia o mercado consumidor de produtos manufaturados. Atua, pois, simultaneamente, de um lado, criando a possibilidade do surto maquinofatureiro (acumulação capitalista), por outro lado a sua necessidade (expansão da procura de produtos manufaturados). Criam-se, assim, os pré-requisitos para a Revolução Industrial – processo histórico de emergência do capitalismo. Assim, pois, chegamos ao núcleo da dinâmica do sistema: ao funcionar plenamente, vai criando ao mesmo tempo as condições de sua crise e superação.”

1. Caso pensemos em antagonismos (contrários) pode-se afirmar que o sistema colonial criou as condições para o pensamento liberal. Explique de que forma isso ocorreu.
2. Explique o funcionamento do sistema mercantilista.
3. Note-se que a Colônia não entra apenas como uma área de produção de determinados gêneros, sua importância é muito maior. Na realidade mostra-se como uma peça fundamental do sistema. Explique por que.
4. Explique qual as causas da inconfidência mineira tendo em vista os interesses fiscais da coroa.
5. Quais as influências que as inconfidências tiveram do cenário internacional e qual o papel das elites nessas revoltas?







Para Auxiliar na Análise na aula de 04/06/2009



(Clique na imagem para ampliá-la!)









3 Liceo - Documentos para análise em sala de aula



Texto 1

Nordeste - Geografia econômica.

“Um tal sistema, dada sobretudo a pobreza dos pastos nativos, impõe áreas muito extensas. Viu-se assim a criação relegada para setores afastados e impróprios para a agricultura. Nem para os animais auxiliares empregados nas indústrias agrícolas bastava o espaço que estas lhe podiam outorgar. Assim em Pernambuco, terminada a moenda nos engenhos, levam-se os animais de trabalho, bois e cavalos, a refazerem-se em outras regiões. Bom Jardim, mais afastado para o interior dos centros agrícolas mais importantes, encontrava nesta transumância uma de suas principais atividades; e seus pastos recebiam todos os anos a alimária dos engenhos, extenuada pelo trabalho intenso da safra. A própria lei exclui a pecuária das dez léguas marítimas, que é a área reservada para a agricultura.
O deslocamento das zonas criatórias para longe desta área se verifica desde o início da colonização. Observamo-lo muito bem nos dois núcleos primitivos dela: o Norte (Bahia e Pernambuco), e São Vicente. No primeiro caso, como já vimos, elas vão ocupar os sertões, inclusive o remoto Piauí; no segundo, os Campos Gerais do Sul. Salva-se desta regra que orienta para o alto interior as zonas da pecuária, o caso dos Campos dos Goitacazes, no rio de Janeiro, e da ilha de Joanes, no Pará. Atuam aí Circunstâncias especiais, a que já me referi, e sobre que voltarei adiante.
Sem acompanhar a evolução da pecuária nos três primeiros séculos de colonização, restrinjo-me aqui ao assunto que propriamente nos interessa. Em princípio do século passado distribuía-se a criação em três grandes zonas: os sertões do Norte, a parte meridional de Minas Gerais, e finalmente as planícies do Sul, incluindo os Campos Gerais (Paraná), mas sobretudo o Extremo-Sul, o Rio Grande. Condições próprias a cada uma destas zonas, não só a sua localização, mas sobretudo o sistema criatório que nelas se adota, as distinguem nitidamente entre si. A par delas, encontram-se outras, de menor importância e de significação mais local: a elas me referi em último lugar.
Comecemos pelos sertões do Norte, que formam a zona criatória mais antiga da colônia, a mais extensa e a mais importante embora em princípios do século passado já estivesse cedendo francamente aos seus concorrentes meridionais. Já delineei, ao falar da distribuição da população, os limites desta área. Ela compreende todo o território do Nordeste, excluída a estreita faixa que borda o litoral, e que se estende entre o rio Parnaíba e o norte de Minas Gerais; este se inclui por condições físicas semelhantes e um tipo de pecuária mais ou menos idêntico. Ao norte, esta área ultrapassa ainda o rio Parnaíba, ocupando uma pequena parte do Maranhão: o território dos Pastos bons, já descrito quando me ocupei da população. No Itapicuru, as antigas fazendas de gado, pioneiras da região, já tinham dado lugar aos algodoais.
Para oeste, o limite desta zona do sertão se fixa na margem esquerda do São Francisco; além na região limítrofe de Goiás, a colonização ainda não se alastrara e ela servia apenas de passagem às estradas que ligam aquela capitania à Bahia e a Minas Gerais.
Toda esta vasta área, que compreende mais de um milhão de quilômetros quadrados, se destinou quase exclusivamente à criação de gado vacum para o abastecimento de densa população desta zona agrícola que se estende ao longo do litoral, desde a Paraíba até a Bahia, bem como de Maranhão, também, embora já em pequenas proporções no momento que nos ocupa, aos centros mineradores de Minas Gerais [O abastecimento destes centros foi feito a princípio só pelo gado baiano; embora proibido este tráfico no primeiro momento das descobertas o ouro para evitar os contrabandos do metal, permitiu-se logo em seguida porque não havia outro fornecedor possível; mas cercou-se de toda sorte de preocupações, como se verifica no Regimento das minas de 1703. O gado baiano, nesta época, ia mesmo até São Paulo]”.

Prado Jr., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2006.

Link interessante com mapas do Brasil: http://www.brasil-turismo.com/mapas.htm


Texto para discussão na aula de 06/05/2009

A pior asfixia

Artigo do Senador Cristovam Buarque *

Brasília, maio de 2.008 - Todos sabiam que o descuido com a fiscalização levaria à dengue; e todos sabem que a cidade de São Paulo vai parar, daqui 5 a 10 anos, porque todas suas ruas estarão cobertas por automóveis, impedindo cada um de mover-se. As outras grandes cidades têm datas diferentes, mas todas elas serão, em breve, asfixiadas. Até Brasília, planejada para nem sequer precisar sinal de trânsito, é uma cidade engarrafada nos horários de pico.
O mais grave: para criar as condições necessárias para essa dinâmica asfixiante, foi preciso endividar a população, que hoje deve bilhões de reais, dos quais uma parte considerável foi para financiar a compra de carros.
Da mesma forma que há data prevista para a asfixia das ruas, em breve, haverá uma asfixia financeira da nossa população, provocada pelo endividamento. Hoje, são 25 milhões de automóveis, sendo 11 milhões só em 5 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Brasília.
Todas elas com enormes gastos de infra-estrutura voltados exclusivamente para servir aos automóveis. São dezenas de bilhões de reais gastos para a construção de viadutos, de alargamentos de vias, que poderiam ter sido aplicados em redes de água e esgoto, saneamento básico, escola, saúde. Mesmo assim, não resolvem o problema do trânsito e deixam margem à dengue, à insalubridade, às filas nos hospitais, à violência e a todos os problemas surgidos da falta de investimentos.
Ao longo de décadas, o Brasil desviou recursos públicos da construção de seu futuro social, para apoiar o fluxo de automóveis e assim apoiar o emprego e a renda que vêm da dinâmica da indústria automobilística. Graças a isso, houve crescimento econômico e asfixia do futuro.
As populações das grandes cidades brasileiras sabem que em breve estarão duplamente asfixiadas: nos engarrafamentos e nas dívidas da compra de carros, mas todos agimos rigorosamente para sermos asfixiados. Como se fossemos atores de um drama, que cumprem seus papéis para que a tragédia ocorra conforme traçada pelo dramaturgo, mesmo quando
todos discordam do final. A insensatez desse rumo é agravada pelo fato de que o combustível fóssil utilizado para mover os veículos se esgotará em alguns anos. A solução está no combustível renovável do etanol. Se algumas precauções não forem tomadas, além das asfixias urbana e financeira, o etanol poderá forçar uma mudança no destino do solo, da produção de alimentos para combustível.
Há terra suficiente para manter as florestas, os mangues, os cerrados e para produzir alimentos e combustível, desde que a escolha do uso da terra não fique definida apenas pelo mercado. Se a produção for orientada só pela demanda, o tanque dos automóveis ganhará do estômago das pessoas. Porque os tanques têm dinheiro; os estômagos, nem sempre.
O problema não está no etanol, mas nas regras usadas: apenas o desejo de cada um, conforme o dinheiro de que dispõe, levará a uma nova asfixia: agrícola-alimentar.
Além das asfixias urbano-territorial e financeiro-familiar, o Brasil pode ser asfixiado também pela demanda por biocombustível, se os tanques do bilhão de automóveis que circulam no mundo forem enchidos com etanol.
Mas se forem definidas regras, combinando o curto prazo do mercado com o longo prazo dos interesses ecológicos e sociais, o biocombustível poderá ser uma grande chance. Como teria sido o automóvel, se algumas regras tivessem sido utilizadas no passado para evitar a maior das asfixias: a da falta de sensatez.
* Cristovam Buarque é professor da Universidade de Brasília e senador (PDT-DF)

Extraído do site: http://www.ecolnews.com.br/asfixia_das_cidades.htm



Maio


Trabalho de Geografia

Mapa interativo sobre emissões de gases. Discussão sobre sustentabilidade versus crescimento econômico:
http://www.estadao.com.br/especiais/expansao-economica-vs-sustentabilidade,57911.htm

Foto aérea do pátio da Volkswagen:
http://www.estadao.com.br/interatividade/Multimidia/ShowFotos.action?destaque.idGuidSelect=F71D770BA541496CAED68915A5B81694

Maior condomínio “verde” do RJ (colocar a questão da viabilidade) mais ou menos 20 min:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1034044-7823-O+QUE+FAZER+PARA+MUDAR+A+ROTINA+DOS+CONDOMINIOS+NA+DIRECAO+DA+SUSTENTABILIDADE,00.html

Texto do Senador Cristovam Buarque:
http://www.ecolnews.com.br/asfixia_das_cidades.htm

Mega-operação da Polícia Federal fecha 13 serrarias no Pará e apreende R$ 6 milhões em madeira ilegal
http://www.ecolnews.com.br/desmatamento_fechamento_de_serrarias_no_para.htm

Desmatamento e eleições:
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL754853-5598,00-DESMATAMENTO+AUMENTA+EM+PERIODO+ELEITORAL+DIZ+MINC.html


Considerações:
1. Nota-se pelo livro de Cíntia Maria Afonso, Sustentabilidade. Caminho ou Utopia?, que uma das metas estabelecidas para criar economias sustentáveis é a educação ambiental, ou seja, mais do que simplesmente colocar dados do problema de maneira alarmista é preciso informar a população e fomentar a formação de uma nova mentalidade. Atualmente é possível encontrar esse esforço por parte das autoridades sobre o problema do meio ambiente?
2. Pela matéria sobre a operação policial de combate à extração ilegal de madeira nota-se que longe de haver um consenso a questão da proteção da floresta está ligada a uma percepção de cada um dos agentes. No caso da matéria como uma localidade inteira estava envolvida na extração ilegal?
3. Qual o problema apresentado pelo ministro Minc com relação às eleições e ao desmatamento? De que maneira isso reflete nos insucessos da agenda ambiental?
4. A foto aérea do pátio da Volkswagen coloca uma questão importante. No momento atual em que deveria buscar-se meio de combater a poluição nas grandes cidades o governo busca fomentar a venda de automóveis. De que maneira isso se reflete na questão ambiental?
5. A matéria sobre o “condomínio verde” no Rio de Janeiro nos dá esperanças na questão ambiental, mas também impõe uma reflexão. O condomínio carioca apresenta uma realidade diferente da maior parte das habitações do Rio de Janeiro, e mesmo do restante do Brasil, essa experiência mostrada como modelo pode resolver o problema ambiental? “Quem” deve mobilizar-se a fim de combater o problema?


Trabalho de História

Caricaturas de D. Pedro II (tratando da crise do Império):
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://terceirosemestre.files.wordpress.com/2008/01/painel18-6-1-full.jpg&imgrefurl=http://terceirosemestre.wordpress.com/2008/01/25/exemplos-de-caricaturas/&usg=__RS3PBhjLMw26Nyh9-SJtankf9BY=&h=600&w=454&sz=30&hl=pt-BR&start=58&um=1&tbnid=_LyAdIXHyo8ygM:&tbnh=135&tbnw=102&prev=/images%3Fq%3DDom%2BPedro%2BII%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D40%26um%3D1

Algumas sobre o fim do Império e Início da República:
http://almanaquenoah.blogspot.com/2008/11/monarquia-e-repblica-nas-caricaturas-de.html

Postura de D. Pedro II com relação ao País (note-se o nome do jornal):
http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2009/03/309_1559-pedro-2-valeesta-1163621961.jpg

Foto da Bolsa de Valores da época:
http://www.flickr.com/photos/86574342@N00/286600564

1. Identifique a trate das três questões que levaram ao fim do Império em 1889.
2. Por que se diz que não houve coincidência nenhuma no fato da escravidão ter acabado em 1888 e a monarquia em 1889?
3. Pelas caricaturas nota-se um grande senso crítico por parte dos jornalistas da época. A crise era “traduzida” através dessas visões na pessoa de D. Pedro II. Levando-se tudo isso em conta analise o conjunto de ilustrações presentes em http://almanaquenoah.blogspot.com/2008/11/monarquia-e-repblica-nas-caricaturas-de.html.
4. O que foi o Encilhamento e as conseqüências para a economia da época?
5. Segundo o gráfico abaixo pode-se perceber que, apesar dos problemas gerados pelo excesso de emissão, houve aumento nos investimentos na indústria brasileira. Como estes dados conflitam com as leituras mais superficiais do encilhamento? (Para verificar as leituras superficiais é só buscar na Internet o vocábulo ENCILHAMENTO e verificar que a maioria trata apenas do males que o programa de Rui Barbosa gerou).


sexta-feira, 3 de abril de 2009

4 Liceo - Documentos para análise em sala de aula



Texto 1

Comício da central do Brasil – Discurso do presidente João Goulart (13 de março de 1964)

Devo agradecer às organizações sindicais, promotoras desta grande manifestação, devo agradecer ao povo brasileiro por esta demonstração extraordinária a que assistimos emocionados, aqui nesta cidade do Rio de Janeiro. Quero agradecer, também, aos sindicatos que, de todos os estados, mobilizaram os seus associados, dirigindo minha saudação a todos os brasileiros, e não apenas aos que conseguiriam adquirir instrução nas escolas. Dirijo-me também aos milhões de irmãos nossos que dão ao Brasil mais do que recebem e que pagam em sofrimento, pagam em miséria, pagam em privações o direito de serem brasileiros e o de trabalhar de sol a sol pela grandeza deste país. Presidente de oitenta milhões de brasileiros, quero que minhas palavras sejam bem entendidas por todos os nossos patrícios. Vou falar em linguagem franca, que pode ser rude, mas é sincera e sem subterfúgios. É também a linguagem da esperança, de quem quer inspirar confiança no futuro, mas de quem tem a coragem de enfrentar sem fraquezas a dura realidade que vivemos. Aqui estão os meus amigos trabalhadores, pensando na campanha de terror ideológico e de sabotagem, cuidadosamente organizada para impedir ou perturbar a realização deste memorável encontro entre o povo e o seu presidente, na presença das lideranças populares mais representativas deste país, que se encontram também conosco, nesta festa cívica.

Democracia

Chegou-se a proclamar, trabalhadores brasileiros, que esta concentração seria um ato atentatório ao regime democrático, como se no Brasil a reação ainda fosse dona da democracia, ou proprietária das praças e das ruas. Desgraçada democracia a que tiver que ser defendida por esses democratas. Democracia para eles não é o regime da liberdade de reunião para o povo. O que eles querem é uma democracia de um povo emudecido, de um povo abafado nos seus anseios, de um povo abafado nas suas reivindicações. A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia do antipovo, a democracia da anti-reforma, a democracia do anti-sindicato, ou seja, aquela que melhor atenda seus interesses ou aos dos grupos que eles representam. A democracia que eles pretendem é a democracia dos privilégios, a democracia da intolerância e do ódio. A democracia que eles querem, trabalhadores, é para liquidar com a Petrobrás, é a democracia dos monopólios, nacionais e internacionais, a democracia que pudesse lutar contra o povo, a democracia que levou o presidente Vargas ao extremo sacrifício. Ainda, ontem, eu afirmava no Arsenal da Marinha, envolvido pelo calor dos trabalhadores de lá, que a democracia jamais poderia ser ameaçada pelo povo. Para as ruas – que são do povo. Democracia, trabalhadores, é o que o meu governo vem procurando realizar, como é do meu dever. Não só para interpretar os anseios populares, mas também para conquistá-los, pelo caminho do entendimento e da paz. Não há ameaça mais séria para a democracia do que a democracia que desconhece os direitos do povo. Não há ameaça mais séria à democracia do que tentar estrangular a voz do povo, dos seus legítimos líderes populares, fazendo calar suas reivindicações.

Reformas

Estaríamos, assim, brasileiros, ameaçando o regime se nos mostrássemos surdos aos reclamos da nação, desta nação e desses reclamos que, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, levantam o seu grande clamor pelas reformas de base e de estrutura, sobretudo pela reforma agrária, que será o complemento da abolição do cativeiro de dezenas de milhões de brasileiros que vegetam no interior, em revoltantes condições de miséria. Ameaça à democracia, enfim, não é vir confraternizar com o povo na rua. Ameaça à democracia é empulhar o povo brasileiro, é explorar os seus sentimentos cristãos, na mistificação de uma indústria do anticomunismo, insurgindo o povo contra os grandes e iluminados ensinamentos dos grandes e santos papas que informam notáveis pronunciamentos, das mais expressivas figuras do episcopado nacional. O inolvidável para João XXIII é que nos ensina, o povo brasileiro, que a dignidade da pessoa humana exige, normalmente como fundamento natural para a vida o direito e o uso dos bens da terra, ao qual corresponde a obrigação fundamental de conceder uma propriedade para todos. É dentro desta autêntica doutrina que o governo brasileiro vem procurando situar sua política social, particularmente no que diz respeito à nossa realidade agrária. O cristianismo nunca foi o escudo para os privilégios condenados para o santo padre, nem também, brasileiros, os rosários podem ser levantados contra a vontade do povo e suas aspirações mais legítimas. Não podem ser levantados os rosários da fé contra o povo, que tem fé numa justiça social mais humana e na dignidade das suas esperanças. Os rosários não podem ser erguidos contra aqueles que reclamam a discriminação da propriedade da terra, hoje ainda em mãos de tão poucos, de tão pequena minoria.

Ação repressiva.

Àqueles que reclamam do Presidente da República uma palavra tranqüila para a nação, àqueles que em todo o Brasil nos ouvem nesta oportunidade, o que eu posso dizer é que só conquistaremos a paz social através da justiça social. Perdem seu tempo aqueles que imaginam que o governo seria capaz de sufocar a voz do povo ou de abafar as suas reivindicações. Perdem seu tempo, também, os que temem que o governo passe a empreender uma ação subversiva na defesa de interesses políticos ou pessoais, como perdem também seu tempo os que esperam deste governo uma ação repressiva dirigida contra o povo, contra os seus direitos ou contra as suas reivindicações. Ação repressiva, trabalhadores, é a que o governo está praticando e vai ampliar cada vez mais e mais implacavelmente, aqui na Guanabara e em outros estados, contra aqueles que especulam contra as dificuldades do povo, contra os que exploram o povo, que sonegam gêneros alimentícios ou que jogam com seus preços. Ainda ontem, dentro de associações de cúpula de classes conservadoras, ibadianos [membros de uma associação com apoio empresarial chamada IBAD] de ontem levantavam a voz contra o presidente pelo crime de defender o povo contra os que o exploram na rua e em seus lares, através da exploração e da ganância. (...)


Texto 2

“O presidente da República Federativa do Brasil, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e:

Considerando que a Revolução Brasileira de 31 de março de 1964 teve, conforme decorre dos Atos com os quais se institucionalizou, fundamentos e propósitos que visavam a dar ao país um regime que, atendendo as exigências de um sistema jurídico e político, assegurasse autêntica ordem democrática, baseada na liberdade, no respeito à dignidade da pessoa humana, no combate à subversão e às ideologias contrárias às tradições de nosso povo, na luta contra a corrupção, buscando, deste modo, “os meios indispensáveis à obra de reconstrução econômica, financeira, política e moral do Brasil, de maneira a poder enfrentar, de modo direto e imediato, os graves e urgentes problemas de que depende a restauração da ordem interna e do prestígio internacional da nossa Pátria” (Preâmbulo do Ato Institucional no 1 de 9 de abril de 1964);

Considerando que o governo da República, responsável pela execução daqueles objetivos e pela ordem e segurança internas, só não pode permitir que pessoas ou grupos anti-revolucionários contra ela trabalhem, tramem ou ajam, sob pena de estar faltando a compromissos que assumiu com o povo brasileiro, bem como porque o Poder Revolucionário, ao editar o Ato Institucional no 2, afirmou categoricamente, que “não se disse que a Revolução foi, mas que é e continuará” e, portanto, o processo revolucionário em desenvolvimento não pode ser detido;

Considerando que esse mesmo Poder Revolucionário, exercido pelo presidente da República, ao convocar o Congresso Nacional para discutir, votar e promulgar a nova Constituição, estabeleceu que esta, além de representar “a institucionalização dos ideais e princípios da Revolução”, deveria “assegurar a continuidade da obra revolucionária” (Ato Institucional no 4, de 7 de dezembro de 1966);

Considerando que, assim, se torna imperiosa a adoção de medidas que impeçam sejam frustrados os ideais superiores da Revolução, preservando a ordem, a segurança, a tranqüilidade, o desenvolvimento econômico e cultural e a harmonia política e social do País comprometidos por processos subversivos e de guerra revolucionária;

Considerando que todos esses fatos perturbadores da ordem são contrários aos ideais e à consolidação do Movimento de março de 1964, obrigando os que por ele se responsabilizaram e juraram defendê-lo a adotarem as providências necessárias, que evitem sua destruição.

Resolve editar o seguinte:

Ato institucional

Art. 1º São mantidas a Constituição de 24 de janeiro de 1967 e as Constituições Estaduais, com as modificações constantes deste Ato Institucional.

Art. 2º O presidente da República poderá decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sítio ou fora dele, só voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo presidente da República.
§ 1º Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matérias e exercer as atribuições previstas nas Constituições ou na Lei Orgânica dos Municípios.
§ 2º Durante o período de recesso, os senadores, os deputados federais e estaduais e os vereadores só perceberão a parte fixa de seus subsídios.
§ 3º Em caso de recesso da Câmara Municipal, a fiscalização financeira e orçamentária dos municípios que não possuam Tribunal de Contas será exercida pelo do respectivo Estado, estendendo sua ação às funções de auditoria, julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis por bens e valores públicos.

Art. 3º O presidente da República, no interesse nacional, poderá decretar a intervenção nos estados e municípios, sem as limitações previstas na Constituição.Parágrafo único. Os interventores nos estados e municípios serão nomeados pelo presidente da República e exercerão todas as funções e atribuições que caibam, respectivamente, aos governadores ou prefeitos, e gozarão das prerrogativas, vencimentos e vantagens fixadas em lei.

Art. 4º No interesse de preservar a Revolução, o presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.Parágrafo único. Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais, que tiverem os seus mandatos cassados não serão dados substitutos, determinando-se o quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.

Art. 5º A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa simultaneamente, em:
I. cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II. suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III. proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado.
§ 1º O ato que decretar a suspensão dos direitos políticos poderá fixar restrições ou proibições relativamente ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados.
§ 2º As medidas de segurança de que trata o item IV deste artigo serão aplicadas pelo ministro de estado da Justiça, defesa a apreciação de seu ato pelo Poder Judiciário.

Art. 6º Ficam suspensas as garantias constitucionais ou legais de: vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade, bem como a de exercício em funções por prazo certo.
§ 1º O presidente da República poderá, mediante decreto, demitir, remover, aposentar ou por em disponibilidade quaisquer titulares das garantias referidas neste artigo, assim como empregados de autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e demitir, transferir para a reserva ou reformar militares ou membros das polícias militares, assegurados, quando for o caso, os vencimentos e vantagens proporcionais ao tempo de serviço.
§ 2º O disposto neste artigo e seu § 1o aplica-se, também, nos estados, municípios, Distrito Federal e territórios.

Art. 7º O presidente da República, em qualquer dos casos previstos na Constituição, poderá decretar o estado de sítio e prorrogá-lo, fixando o respectivo prazo.

Art. 8º O presidente da República poderá, após investigação, decretar o confisco de bens de todos quantos tenham enriquecido licitamente, no exercício de cargo ou função pública, inclusive de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.Parágrafo único. Provada a legitimidade da aquisição dos bens far-se-á a sua restituição.

Art. 9º. O presidente da República poderá baixar Atos Complementares para a execução deste Ato institucional, bem como adotar, se necessário à defesa da Revolução, as medidas previstas nas alíneas “d” e “e” do § 2o do artigo 152 da Constituição.

Art. 10º Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.

Art. 11º Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.

Art. 12º O presente Ato Institucional entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 13 de dezembro de 1968; 147o da Independência e 80o da República.”

[Ass.] A. Costa e Silva; Luís Antônio da Gama e Silva; Augusto Hamann Rademaker Grunewald; Aurélio de Lyra Tavares; José de Magalhães Pinto; Antônio Delfim Netto; Mário David Andreazza; Ivo Arzua Pereira; Tarso Dutra; Jarbas G. Passarinho; Márcio de Souza e Mello; Leonel Miranda; José Costa Cavalcanti; Edmundo de Macedo Soares; Hélio Beltrão; Afonso de A. Lima; Carlos F. de Simas.


Tema "Pra frente Brasil", da copa de 1970:
http://www.youtube.com/watch?v=FY-J_Jv4sFc

Projetos sociais na ditadura militar:
http://www.youtube.com/watch?v=QBj5dyzsJkY&feature=related


Maio
Todas as matérias sobre a televisão brasileira foram realizadas por uma produtora estrangeira.


Veja uma "entrevista" com um personagem "explicando" a liberdade de imprensa no Brasil:
http://www.youtube.com/watch?v=IWuggz3aWhw

Matéria com o próprio general referindo-se ao episódio do vídeo anterior, note-se a interpretação que ele deu ao incidente!
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%C3%ADtica&newsID=a2073249.xml

Reportagem sobre o movimento Diretas Já:
http://www.youtube.com/watch?v=6fNIkMJJWOw&feature=related



Cédulas emitidas pelo Banco Central do Brasil:
http://www.bcb.gov.br/?CEDBRLISTA

A "carimbagem" pode ser vista nas seguintes notas:
http://www.bcb.gov.br/htms/museu-espacos/cedulas/Cz/10.asp?idpai=cedbrlista
http://www.bcb.gov.br/htms/museu-espacos/cedulas/czn/1.asp?idpai=cedbrlista
http://www.bcb.gov.br/htms/museu-espacos/cedulas/czn/10.asp?idpai=cedbrlista

Entre outras (divirtam-se).

Leiam esta notícia e reflitam sobre o achatamento dos salários no regime militar:
77% de pisos salariais ficam abaixo de 1,5 salário mínimo (trata-se de notícia atual, pós-regime militar) (http://br.noticias.yahoo.com/s/22052009/25/economia-77-pisos-salariais-ficam-1.html)

Anúncio oficial do Plano Collor:
http://www.youtube.com/watch?v=7KHza2R-C-E&feature=related

A ministra Zélia Cardoso de Mello explica o Plano Collor (muito bem explicado, como se pode notar!):
http://www.youtube.com/watch?v=vHM5FFIwa8Q&feature=related

Vídeo sobre os planos econômicos:
http://www.youtube.com/watch?v=oKcbnQ7ga0c&feature=related (Sarney conclama o povo a ser Fiscal do Sarney)

http://www.youtube.com/watch?v=NhDHsj4GrlU&feature=related (Tempos do Sarney, o som está muito alto, abaixe antes de escutar)

Aqui se pode notar como mascarar um índice - vale como reflexão para o Período Militar:
http://www.youtube.com/watch?v=3-MkKqJz6yc&feature=related

Muito interessante a maneira como se interpretou o debate político de 1989 (Collor x Lula) (muito bom, assistam porque vale a pena):
http://www.youtube.com/watch?v=EiWaWZfIi0Q&feature=related



AVALIAÇÃO


Questões para reflexão:

1. Cite e descreva em linhas gerais os dois grupos que existiam no exército no momento do golpe militar.
2. Por que 1968 é conhecido como o ano do “golpe dentro do golpe”?
3. Quais os traços principais do governo Médici?
4. No que consistiu o “milagre brasileiro”?
5. A “Nova República” foi marcada pelos altíssimos índices de inflação, quais os efeitos desse mal para a economia brasileira?
(
http://www.ibge.gov.br/series_estatisticas/exibedados.php?idnivel=BR&idserie=PRECO01) este link traz o índice de inflação para o período caso queira verificá-lo.